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5 tendências para o Mercado Educacional Pós Pandemia

5 tendências para o Mercado Educacional Pós Pandemia
Ronaldo Hofmeister
abr. 14 - 8 min de leitura
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POR RONALDO HOFMEISTER e MARCOS A. CUSTÓDIO

Como consequência dos avanços tecnológicos e do amplo acesso à informação, temos experimentado uma série de mudanças no nosso estilo de vida e por extensão, em nossas necessidades e hábitos de consumo. Você já deve ter notado que, cada vez mais, as empresas e governos trabalham para estar na nossa “palma da mão” por meio de algum App que, em dado momento, sequer sabíamos que existia, mas que muito rapidamente somos sugestionados a não conseguir mais viver sem ele. Curioso, não é mesmo? Isso é só um exemplo.

As transformações são inúmeras, alcançam os diversos segmentos da economia e com efeito, influenciam na dinâmica de todos os setores da sociedade. Você pode escolher um e analisar como a transformação digital o tem impactado: gestão pública, agronegócio, educação, saúde e bem-estar, logística, infraestrutura, comércio, produção de bens e serviços, enfim. Embora, não exista uma forma padrão de classificação, você poderá perceber que alguns segmentos encontram-se muito avançados, enquanto que outros ainda estão em estágios intermediários.

O mercado educacional tem experimentado um período de grande transformação. É bem verdade que a educação – como um setor – não foi um dos mais impactados inicialmente e a esse respeito, poderíamos gastar algumas longas horas em explicações e relatos históricos. Não o faremos, fique tranquilo (presumimos que o oráculo Google será mais competente nesta pesquisa). Neste artigo, nossa maior motivação é compartilhar 5 tendências digitais que estão impactando o mercado educacional e irão provocar profundas transformações neste setor.

Se você faz parte do setor educacional e quer ampliar sua visão estratégica, fique atento a estas tendências.

Educação Omnichannel

O conceito Omnichannel surge impulsionado pelas inovações no varejo. A ideia central é estar presentes em todos os locais com o mesmo nível de atendimento, convergindo diferentes canais de venda e proporcionando ao cliente uma experiência sem rupturas na transição do online e do offline. Seguindo esta tendência, a educação não pode mais ser dividida em presencial e à distância, pois não é o canal (o meio de acesso a uma aula, por exemplo) que deve definir como aprendemos. Em pouco tempo esta separação deixará de existir e a educação estará disponível em diferentes canais, conduzindo o aluno a uma experiência sem rupturas durante as interações online e offline. Aprender não deve estar restrito a uma sala de aula ou um ambiente virtual de aprendizagem (AVA), ela precisa estar presente em tudo que fazemos e acessível em diferentes canais de acesso.

Lifelong Learning

Ao longo de sua vida você fará várias coisas, sua carreira seguirá por caminhos que ainda não conhece e cada vez mais, você terá a sensação de ser um novato em algum assunto, jargão, método ou tecnologia que, curiosamente a pouquíssimo tempo atrás, você considerava-se expert. A velocidade das mudanças exigirá que você aprenda coisas novas constantemente. A educação continuada estará cada vez mais presente em sua vida e de alguma forma (seja pelo amor ou pela dor) lhe impulsionará a desenvolver novas habilidades e buscar novos conhecimentos. Você dedicará mais horas de estudo e aprendizado em cursos de curta duração do que dedicou durante todo o tempo do seu curso de graduação e especialização somados. Basta observar, por exemplo, quantos dos seus colegas já ouviu falar ou cursou nanodegrees da Udacity e cursos de curta duração da Udemy. A lógica é que, provavelmente, você desejará (ou necessitará) participar de diversos cursos de curta duração ao longo de sua vida. Não dá mais para parar de aprender.

Will or Skill?

Força de vontade ou habilidades, qual dos dois aspectos é mais importante nos dias de hoje? Nossa opinião aponta para uma mescla, isto é, as pessoas precisam desenvolver habilidades, e ao mesmo tempo, atentar para o fato de que o mercado contrata que tem mais vontade de realizar. Não basta mais apenas estudar, aprender e obter um diploma. É fundamental desenvolver um mindset orientado ao comprometimento, garra e vontade de realizar. Aliás, a expressão “capacidade de entrega” (de resultados) diz muito a respeito. O conhecimento estará, cada vez mais, disponível às pessoas, entretanto, a força de vontade para buscá-lo dependerá exclusivamente de cada um.

Course as a service

Course as a Service – curso como serviço – é derivado do termo SAAS – software as a service – ou software como serviço. Oriundo do universo da tecnologia da informação, o “software como serviço” sugere que você talvez não necessite mais adquirir uma licença de software, instalar em seu computador para, somente então, fazer uso. Eu e você, por exemplo, não precisamos comprar um software para assistir as séries do Netflix e tampouco compramos um outro software para poder ouvir as nossa músicas preferidas no Spotify. Como o software está nas “nuvens”, nós assinamos um serviço e temos acesso ao conteúdo que nos interessa. O sucesso do software está intimamente ligado ao sucesso do cliente em utilizar o serviço. Ao trazermos este conceito para educação, entendemos que a tendência é crescente e segue a mesma direção, ou seja, os cursos devem passar a ser tratados como um serviço em que o aluno terá a possibilidade de acessar o conteúdo de seu interesse (e que estará na “nuvem”), contando com todo o suporte da escola em que contratou (assinou) os serviços. Por sua vez, mais do que prover uma plataforma de conteúdos, as escolas irão agregar valor aos seus alunos por meio da curadoria de cursos e carreiras. Não deve demorar para notarmos a oferta de “playlist de conhecimentos”, tal qual já vemos nas playlists de filmes e músicas sugeridas em nossos aplicativos. As experiências de aprendizagem serão outras e deixarão de acontecer apenas em uma sala de aula.

Cultura Maker

É a cultura “hands on” ou “mão na massa”, pressuposto de que aprendemos fazendo. Quantas vezes nós já ouvimos que o aprendizado vinha pelas mãos, que aprendemos mais quando fazemos? Muitas, não é mesmo? É bem verdade que as pessoas com certa dificuldade em realizar trabalhos manuais talvez achassem esta afirmação estranha. Mas, aprender com as mãos não tem nada a ver com habilidades manuais, tem a ver sim com aprender fazendo. Validar ideias, testar hipóteses, errar e corrigir, tentar de novo, enfim. Faz parte da cultura maker valorizar muito mais os caminhos e as diferentes formas de se chegar a um resultado, do que a resposta pronta ou uma teoria desconectada da aprendizagem. Trata-se de uma tendência que tem trazido novos contornos para a educação como é o caso, por exemplo, das metodologias ativas de aprendizagem ou ainda, o recente e impactante crescimento das escolas de habilidades.

Marcos A. Custódio, Educador, Palestrante e Diretor Executivo da RCA Governança, Sucessão. Professor dos programas de MBA da ESIC Business and Marketing School e do Instituto Nacional de Pós-graduação – INPG. Atuou em posições de gestão e liderança em instituições educacionais de grande e médio portes, tais como Estácio S.A., Grupo Positivo e FAE Business School.

Ronaldo Hofmeister, Gestor de marketing educacional, Empreendedor e Growth Hacker, atua no ecossistema de startups educacionais as Edtechs. Palestrante, Professor e Produtor de conteúdo. Atuou nas áreas de marketing e vendas em multinacionais e grandes grupos nacionais. Premiado nos EUA, no Campus Insight, pela Excelência em Visão Estratégica com o Canvas de Marketing Ágil.


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